Baladas pelo Mundo!

Missão de hoje- China, Por Charlie P.

Uma balada na China. Missão dificil essa!

Sair em balada na China. Uma aventura gostaria de saber como é. Talvez só pro curiosidade... então vamos lá.

Primeiro, é que essa não é uma tarefa fácil pois diferentemente do Brasil, aqui na China tenho ido em poucas. Não por falta de opção, mas porque engatei um estilo de vida diferente. O trabalho consome um bom tempo, e também muitas viagens. Nos finais de semana que estou em Nanjing (minha cidade na China), tenho preferido relaxar mais.

Mas como ninguém é de ferro, lógico que ja peguei algumas baladinhas por aqui.

Na verdade, a primeira vista, as baladas por aqui não são muito diferentes. Mesmo!

Quando se fala sobre China aí no Brasil, por causa de informações um pouco distorcidas, imaginam-se coisas que não são verdadeiras. Então esqueça de comidas exóticas, e essas esquisitices. Essas coisas não se acham por aqui. Só na rede plim-plim, que precisa de audiência.

Para começar normalmente os bares oferecem músicas ao vivo. A maior parte das vezes com bandas não Chinesas. Devido a grande dificuldade dos chineses com o Inglês. Na Malásia e Filipinas, o inglês é muito mais usado.

As bebidas são praticamente as mesmas. No estilo Europeu e Americano. Pediu, recebeu, pagou. Nada de comandas. Nada de consumação mínima.

A China é um país muito barato pra se viver e comer. Fora dos bares. Dentro o preço é mais salgado que no Brasil. Uma cerveja (Stela ou Corona) RMB 40. Uns R$ 12. Não estou falando de Shanghai ou Beijing. Por lá é mais caro ainda.

No visual da balada também nada de diferente. Na verdade balada é coisa ocidental. Então o estilo foi importado.

Até aqui, nada de diferente. Mas existem diferenças. Vamos a elas.

Pra começar, as roupas. Normalmente as mesmas que por ai, tanto para homens como para mulheres, mas algumas (não todas) as meninas são MUUUITO mais abusadas. Se forem pro Brasil com uma roupa dessas correm perigo. Por aqui, o pessoal nem olha. A cultura de repressão funciona certinho. Mas não é a maioria das meninas. A maioria, vai muito bem vestida e bem comportada.

Todos sentados no primeiro momento, até a bebida fazer efeito. Depois nota-se algumas rodinhas dançando. Todas as músicas são ocidentais. Mas antigas. A China é culturalmente longe do resto do mundo. Não exija modernidade no gosto de todos. No Brasil curtimos também algumas músicas antigas, mas sabemos o que é antigo e o que é atual. Aqui não.

Nas mesas, quase todos com dados nas mãos. Joga-se quase a noite toda. É um jogo estranho. Até aprendi, mas muito complicado pra explicar aqui. São apostas. Quem perde, tem que virar o copo. Dá pra imaginar o estado de alguns no final da noite... hehe.

Lá pro meio da noite, depois de umas biritas, alguns mais atacados (homens ou mulheres, tanto faz) querem treinar o Inglês. É ver um estrangeiro passando e param pra perguntar de onde é... quererem ficar papeando. As vezes que aconteceu comigo, dei duas ou três palavras e “zai jian” (até mais)!

Outra diferença. Ninguém beija ninguém. Esqueça disso. Dificilmente até entre casais de namorados você verá um beijo. Imagine entre pessoas que não se conhecem. Isso aqui não existe. Nem em pensamento.

Lógico que tem muita Chinesa procurando namorado, e muitas delas procurando estrangeiros. Estrangeiro na China é visto como um grande cifrão. Fica muito claro na balada as que vieram pra achar um estrangeiro. Só olhar no modo de se vestir. Estrangeiro aqui tem fama de não saber segurar seus impulsos, portanto “vista-se da maneira mais sensual possível que você fisgará o seu”. Cansei de ver isso... hehe.

Pra terminar. Tem muita mulher bonita aqui sim. Em um país com 650 milhões de mulheres, seria impossível não ter. Mas não queira comparar com o Brasil, seria impossível...

Outra coisa diferente para mim. Ao final da balada, hora de ir embora, cada um pro seu lado, sem nem se falar tchau. Nem entre amigos. Mas isso não é só pra balada. Restaurantes, bares, e qualquer outro lugar. Chegou a hora de ir embora, cada um pro seu lado sem olhar pra trás!

Como não sou Chinês... tchau pra vocês! Hehe.